Dilma ainda afirmou que não descarta uma candidatura às eleições de 2018; na votação fatiada do impeachment e que causou grande polêmica e recursos ao STF (Supremo Tribunal Federal), a petista manteve os direitos políticos. "Estou pensando", afirmou ela sobre uma próxima candidatura, durante entrevista concedida ao jornal um dia antes da sua mudança para Porto Alegre.
Dilma destacou ainda que a motivação por trás do seu impeachment foi "interromper a operação Lava Jato e as investigações de corrupção, lavagem de dinheiro e caixa dois nas campanhas eleitorais". O outro interesse, afirma ela, é implantar uma agenda neoliberal, "que não fazia parte do nosso programa".
A petista disse ainda que os protagonistas do impeachment são a oligarquia brasileira. "O grupo dos mais ricos, os meios de comunicação, propriedade de 100 famílias, e dois partidos, o PSDB e o PMDB e, em particular, Eduardo Cunha", afirmou. Dilma afirmou que o PSDB perdeu quatro eleições presidenciais e que não tinha esperança, segundo as pesquisas de opinião, de ganhar a de 2018.
Para ela, o PMDB foi fundamental para o processo de redemocratização do Brasil. Contudo, "nos últimos anos, certos segmentos do PMDB, dos quais Eduardo Cunha era o líder, tornaram-se ultraconservadores nas questões sociais e morais e ultraliberais nos temas econômicos. A aliança com o PT se tornou contraditória. Mas o sistema político brasileiro, com 35 partidos, nos obriga a fazer essas alianças."
Postar um comentário
Clique para ver o código!
Para inserir emoticon você deve adicionado pelo menos um espaço antes do código.