Desde a manha desta segunda-feira (21), cerca de 150 pessoas fizeram vigília em frente à casa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em São Bernardo do Campo (Grande São Paulo).
O ato, organizado pelo PT e movimentos de apoio ao governo, teve como objetivo mostrar solidariedade a Lula, que na última sexta-feira (18) teve sua posse como ministro da Casa Civil suspensa pelo STF (Supremo Tribunal Federal).
A decisão fez com que o ex-presidente perdesse o chamado foro privilegiado –que lhe daria o benefício de só ser julgado pela suprema corte– e aliados receavam que ele pudesse novamente ser alvo do juiz Sérgio Moro na Operação Lava Jato, que o investiga.
Os manifestantes temem que investigações levem a uma ordem de prisão do ex-presidente, fato inédito no país, arranhando a sua já abalada imagem e causando estragos irreparáveis nas tentativas da Presidente Dilma de conter o processo de impeachment.
No começo do mês, o ex-presidente foi levado a depor pela Polícia Federal no Aeroporto de Congonhas; propriedades suas e de seus familiares foram alvo de mandados de busca e apreensão.
"Temos medo que possa ser feito um pedido de prisão preventiva ou uma nova condução coercitiva [depoimento obrigatório]. Vemos que parte do Poder Judiciário está contaminada e de conluio com a oposição", afirma o deputado federal Vicentinho (PT-SP), um dos presentes na manifestação.
"Eduardo Cunha, que já é réu e contra quem há provas robustas de corrupção, não é chamado para depor coercitivamente. Aécio Neves, citado cinco vezes na Lava Jato, também não", argumenta Vicentinho.
Os simpatizantes de Lula chegaram à frente de sua casa às 4h30; o trânsito foi interrompido em dia dos sentidos da rua às 6h45. Segundo organizadores, não há horário previsto para o encerramento do ato.
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