Ciente do desgaste em apoiar o cada vez mais isolado governo Dilma e de olho no Governo do Estado de São Paulo, Gilberto Kassab, ex-ministro das Cidades e presidente nacional do PSD, saiu do governo nesta sexta-feira (15) entregando o seu cargo.O próprio Kassab informou Dilma Rousseff que não teria como permanecer no cargo após seu partido firmar posição a favor do impeachment no domingo (17). A carta formalizando a demissão deve ser protocolada no final da tarde.
Tentando manter o prestígio e as verbas que o cargo de ministro lhe conferiam e assim capitalizar para o lançamento de sua candidatura em 2018, Kassab não conseguiu angariar os votos do seu partido contra o impeachment. Nessa semana, a bancada decidiu por maioria se posicionar a favor do impedimento: dos 38 deputados presentes na votação de domingo, 31 devem votar contra Dilma.
Mais desembarques
Segundo a Folha, o ex-ministro da Aviação Civil, Mauro Lopes (PMDB), deve votar a favor da continuidade do processo. Ele reassumiu o cargo de deputado federal ontem (14) justamente para votar contra o impeachment, porém, fontes afirmaram que o mesmo informou à Michel Temer que mudaria seu voto.
Questionado, Lopes se limitou a dizer: “Falaram por eles, não por mim”, e se negou a dizer qual seria sua posição no domingo.
Até a votação de domingo, muitos outros pretendem ainda abandonar a presidente, disposto a não pagar o alto custo eleitoral de neste momento ficarem ao lado do governo moribundo.
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