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Marina depôs em São Paulo no ano passado na ação em que a família do piloto Marcos Martins cobra indenização por horas extras e morte durante o expediente de trabalho


A ex-senadora e eterna candidata a presidente Marina Silva prestou depoimento em ação trabalhista movida pela viúva do comandante do avião que caiu em agosto de 2014 matando o então candidato à Presidência e seu companheiro de chapa, Eduardo Campos (PSB).

Segundo a reportagem apurou, Marina depôs em São Paulo no ano passado na ação em que a família do piloto Marcos Martins cobra indenização por horas extras e morte durante o expediente de trabalho.

Além da ex-senadora, foram arrolados familiares de Campos e o próprio partido, o PSB. Ainda não houve, porém, julgamento do caso.

De acordo com aliados de Marina, a família do copiloto, Geraldo Magela, também entrou na Justiça pedindo indenização mas a ex-senadora "não tinha relação de comando nenhum" sobre o avião.

"Marina usou o jato esporadicamente, oito vezes, sempre com Eduardo Campos em agenda comum. Ela era carona do avião", disse à reportagem Bazileu Margarido, porta-voz nacional da Rede, o partido de Marina.

"No processo, justificamos isso: durante a pré-campanha, Marina voava predominantemente em voos comerciais, foram mais de 100, e, depois, só andou de jato poucas vezes, sempre de carona com Campos", completou Bazileu.

CAUSAS DO ACIDENTE
Em janeiro deste ano, o Cenipa (Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos) da FAB (Força Aérea Brasileira) divulgou relatório final da investigação do acidente que vitimou sete pessoas, entre elas Campos, o piloto e o copiloto da aeronave.

O documento apontou quatro fatores que contribuíram para o acidente: a atitude dos pilotos, as condições meteorológicas adversas -chovia em Santos naquele 13 de agosto-, a desorientação espacial e a indisciplina de voo.

A eventual fadiga da tripulação, que reclamava de cansaço nas redes sociais dias antes do acidente, diz o relatório, pode ter contribuído para a tragédia, mas não ficaram comprovados.

Os familiares do piloto e do copiloto criticaram o relatório e se disseram "incomodados" com as conclusões que, segundo eles, colocam toda a culpa na tripulação e não avança em possíveis falhas da aeronave.

PRISÕES
Nesta terça-feira (21) quatro pessoas foram presas em uma operação da Polícia Federal que apura suposto esquema de corrupção e lavagem de dinheiro envolvendo a compra do avião.

A PF investiga se recursos ilícitos geridos por empresários detidos abasteceram a campanha de Campos ao governo de Pernambuco, em 2010, e a presidente, em 2014, quando Marina era vice em sua chapa. Ela nega qualquer envolvimento no caso.



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