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O processo de escolha dos indicados se dá por meio do sistema de 'voto alternativo'. Muitas pessoas criticam a falta de diversidade na Academia


Entenda como funciona a votação do Oscar












De todos os membros da Academia, 94% são brancos e 77% homens (Foto: Reprodução/Economist)

Ele é o prêmio mais aguardado de Hollywood. Todo mês de novembro mais de 6 mil votos de membros da Academy of Motion Pictures and Sciences são enviados em cédulas para a escolha das indicações ao Oscar. Deste modo, os jurados selecionam os cinco melhores filmes em cada categoria. Após a contagem dos votos, o prêmio é entregue ao ganhador numa cerimônia de gala, que este ano acontece no dia 22 de fevereiro. Mas como exatamente os ganhadores são escolhidos?
Os membros da academia são todos profissionais ativos ou aposentados do setor cinematográfico. Cada um deles só pode fazer indicções de acordo com sua própria especialidade. Por exemplo, um escritor não pode indicar filmes para melhor edição de som. A PricewaterhouseCoopers é a empresa responsável pela contagem das indicações, o método utilizado é semelhante ao sistema de “voto alternativo”. São contados os votos de cada filme colocado como primeira opção. Após a contagem, o filme que tem menos votos é cortado da lista e seus votos de segunda escolha são atribuídos aos filmes restantes. O processo continua até que se chegue a cinco filmes acima da “nota de corte”. Apenas a categoria de “melhor filme” é exceção, podendo incluir até 10 candidatos. Se um único filme receber muitas indicações em uma determinada categoria, de modo que votos serão “desperdiçados”, os votos acima da nota de corte são remanejados para as categorias subsquentes.

Votação, parte II
Após esse processo de escolha dos cinco indicados de cada categoria, os membros da Academia passam a um segundo processo de votação, desta vez direta, onde escolhem qual é o melhor de cada uma das categorias. Nesta etapa é permitido votar fora de seu ramo de especialidade, mas os jurados são aconselhados a não escolherem em áreas onde não têm experiência.
O processo recebe muitas críticas. Primeiramente porque os eleitores podem votar em filmes sem sequer tê-los visto. Outro problema é a pouca diversidade dos membros da Academia. Uma pesquisa realizada em 2012 apontou que 94% dos membros são brancos e mais de 77% são homens. Segundo um produtor que faz parte da Academia, Gareth Ellis-Unwin, essa situação está mudando, mas ainda há muito progresso a ser feito. O filme “Selma”, que conta a história de Martin Luther King, recebeu apenas duas indicações para a premiação deste ano. Esse e outros desvios, como por exemplo todos os indicados a melhor ator e atriz serem brancos, são destacados pelos críticos.
Premiações são negócios lucrativos, mas de alto custo. Ellis-Unwin comparou a campanha pelo Oscar à disputa por um cargo político Gasta-se cerca de U$ 10 milhões na tentativa de influenciar jurados, ou seja, os filmes de menor investimento estão em desvantagem. Ganhar prêmios, especialmente Oscars, aumenta o desempenho de bilheteria dos filmes e a reputação dos astros que fazem parte dele.




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