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O governo atualizou  a lista de obras infraestrutura, mobilidade e sustentabilidade relacionadas com a Olimpíada de 2016. Após a divulgação da nova versão do documento, já é possível dizer que a realização da Rio-2016 custará ao menos R$ 38,2 bilhões.

O valor é R$ 500 milhões maior do que o calculado em janeiro deste ano, última vez que autoridades haviam atualizado o orçamento olímpico. No início do ano, após uma revisão do custo das obras essenciais (arenas esportivas, principalmente), a Rio-2016 estava orçada em R$ 37,7 bilhões.

O novo aumento de 1% no custo da organização da Olimpíada deveu-se principalmente à revisão ou divulgação de valores de obras de infraestrutura prometidas para os Jogos. Só a reforma de seis estações de trem para Rio-2016 custará R$ 259 milhões. Esse valor não havia sido divulgado até hoje. Sua apresentação ajudou a aumentar o custo olímpico.

Também foram divulgados o gasto de R$ 54 milhões para compra de equipamentos para o Laboratório Brasileiro de Controle de Dopagem, que fará os testes antidoping na Rio-2016, e um aumento de R$ 23 milhões na obra de construção do BRT TransOeste, entre outras coisas.

Todas essas obras fazem parte do que o governo chama de legado olímpico. São projetos que, segundo as autoridades, não são essenciais para os Jogos, mas que aproveitaram-se do evento para saírem do papel. "Poderíamos fazer a Olimpíada sem isso", disse o prefeito Eduardo Paes, em entrevista coletiva. "Mas essas obras são o mais importante para nós."

Do total do custo olímpico, R$ 24,6 bilhões estão comprometidos com essas obras de legado: 43% desse valor são pagos com recursos privados e 57%, com dinheiro público. Ao todo, são 27 projetos desse tipo incluídos no orçamento. Desses, 24 estão em execução e três já foram concluídos.

Do restante do orçamento olímpico, R$ 6,6 bilhões serão gastos com obras em arenas esportivas e outras projetos essenciais, e R$ 7 bilhões fazem parte do orçamento privado do Comitê Organizador Rio-2016. O comitê é o responsável pelo pagamento da logística do evento, cerimônias, entre outras coisas.

Vale lembrar que, apesar da atualização do orçamento, o custo da Olimpíada de 2016 ainda deve aumentar. Isso porque, faltando pouco mais de 4 meses para o início do evento, cerca de um quarto das obras essenciais não tem preço estimado. O custo delas não constam do orçamento.

Em 2009, quando o Rio de Janeiro candidatou-se a sede dos Jogos de 2016, estimou-se no dossiê de candidatura que o evento custaria R$ 28,8 bilhões (valores da época) - 25% menos do que o custo atual. Hoje, a Olimpíada de 2016 já custa 41% que a Copa do Mundo de 2014. De acordo com um balanço divulgado pelo Ministério do Esporte após a realização do Mundial de futebol, o torneio demandou investimentos de R$ 27,1 bilhões.

O custo dos Jogos do Rio, entretanto, ainda está atrás do investimento feito para a Olimpíada de Londres, em 2012. Os Jogos de Londres custaram mais de R$ 50 bilhões, considerados a taxa atual de conversão entre a libra (moeda britânia) e o real, que desvalorizou-se neste ano.

CONFIRA O ORÇAMENTO DA OLIMPÍADA DE 2016
Arenas – R$ 6,6 bilhões (estimativa incompleta)
Legado – R$ 24,6 bilhões (valor atualizado nesta sexta)
Investimento do Comitê Rio-2016 – R$ 7 bilhões

CUSTO TOTAL – R$ 38,2 bilhões
Custo na candidatura – R$ 28,8 bilhões (em valores da época)
Custa da Copa de 2014 – R$ 27,1 bilhões
Custo de Londres-2012 – R$ 50,2 bilhões (câmbio atual)



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Postar um comentário

  1. Quantos zeros se gasta para escrever um bilhão? É muita coisa, né? E 38,2 bilhões? É muito número...

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  2. Este legado é MUITO mais importante que a SAÚDE do povo carioca!

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