Em 2014, a presidente Dilma Rousseff nomeou a advogada Letícia Mello para o cargo de desembargadora do Tribunal Regional Federal da 2ª Região, que abrange o Rio de Janeiro e o Espírito Santo.
Letícia é filha do ministro do STF e presidente do TSE Marco Aurélio Mello e da desembargadora do TJ-DFT Sandra de Santis. Aos 37 anos, Letícia era considerada nova para assumir o cargo.
Em entrevista, Marco Aurélio saiu em defesa da filha: “Se ser novo apresenta algum defeito, o tempo corrige”.
Ele procurou desembargadores para tratar da indicação da filha, mas nega ter pedido qualquer coisa. “Jamais pedi voto, só telefonei depois que ela os visitou para agradecer a atenção a ela”.
Em 2013, o ministro do STF Luís Roberto Barroso enviou uma carta a desembargadores do TRF da 2ª Região exaltando as qualidades de Letícia. Os elogios foram feitos antes de ele ser indicado para compor a corte.
Agora, um outro motivo parece ser uma forte razão para o apoio:
Um projeto de lei complementar que estende a todos os servidores públicos a mudança da idade da aposentadoria compulsória para 75 anos. O projeto, que inicialmente foi vetado pela presidente Dilma Rousseff, pode ser derrubado pela Câmara dos Deputados com a ajuda da combalida base governista.
A derrubada do veto tem sido uma bandeira do ministro que não tretende largar o osso. Em 2016, Marco Aurélio, se mantida a lei, terá que se aposentar compulsoriamente, já que completa 70 anos.
Em entrevista o ministro afirmou: “Não sou de jogar a toalha” referindo-se à aprovação da PEC da Bengala.
Marco Aurélio é ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) desde 13 de junho de 1990, tendo sido nomeado pelo presidente da República Fernando Collor de Mello, seu primo aos 44 anos e tem sistematicamente apoiado o governo em suas decisões no STF.
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