Dois motivos fizeram o ministro Teori Zavascki, do Supremo Tribunal Federal (STF), não retirar o sigilo das delações dos executivos da Andrade Gutierrez, que apontam doações ilegais para campanhas do PT e do PMDB, inclusive na da presidente Dilma Rousseff e de seu vice, Michel Temer, em 2014.
O primeiro é que as partes, ou seja os próprios delatores representados por seus advogados, ainda não requisitaram que se retirasse o sigilo, tornando-as públicas. O segundo é que a Procuradoria-Geral da República, responsável por fechar o acordo, também não pediu que o ministro tirasse o sigilo dos documentos que estão no STF.
A lei da organização criminosa, que rege o instituto da delação premiada diz, no seu artigo 7º, que "o acordo de colaboração premiada deixa de ser sigiloso assim que recebida a denúncia". Antes, o sigilo existe para a proteção do delator e de sua família. Ainda não houve denúncia neste caso da Andrade.
Na delação do senador Delcidio do Amaral (sem partido-MS), que foi liberada, houve o pedido de retirada do segredo de justiça. As delações de executivos da Andrade Gutierrez devem reafirmar informações sobre doações ilegais ao PMDB nas obras da usina de Angra 3, reforçando indícios da 16ª fase da Lava Jato, batizada de Radioatividade.
Há ainda a expectativa de que que os negócio envolvendo a compra da Gamecorp de Lulinha pela OI, venham finalmente a tona. A homologação da Delação foi feita nesta quinta-feira (07/04).
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