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O medo de ser pega em "conversas não republicanas", tem apavorado a presidente.

A presidente Dilma Rousseff proibiu que qualquer assessor ou interlocutor se aproxime dela portando aparelhos celulares. Dilma prevê que haverá uma ofensiva da Lava Jato após a homologação do acordo de delação de onze executivos da Andrade Gutierrez. No último dia 7, quando falou sobre a homologação do acordo, Dilma alertou que "o país poderá ver nos próximos dias vazamentos oportunistas e seletivos”.

O fato do ministro do Supremo Tribunal Federal, STF, Teori Zavascki ter homologado o acordo significa que a justiça acolheu legalmente as denúncias da Andrade Gutierrez e que novas fases da Operação Lava Jato podem ser deflagradas a partir desta semana.

A delação da Andrade Gutierrez atinge em cheio o governo Dilma e envolve figuras centrais de sua campanha, além de bastante próximas à ela, como sua amiga e ex-ministra-chefe da Casa Civil, Erenice Guerra e o auxiliar direto de sua campanha presidencial, o ex-ministro Antonio Palocci.

A Polícia Federal já descobriu que a ex-braço direito de Dilma comprou uma mansão em Brasília por R$ 5 milhões durante o período em que executivos da Andrade Gutierrez alegam terem sido extorquidos pela equipe ligada à campanha de Dilma.

Dilma também receia que exista uma grande investigação em andamento envolvendo seu amigo Fernando Pimentel, que ocupou um cargo de ministro em seu primeiro mandato e também atuou como operador de sua campanha presidencial. Pimentel é o atual governador de Minas Gerais.

Outra preocupação da presidente para esta semana diz respeito aos seus gastos de campanha. Na declaração à justiça eleitoral, Dilma alega ter  gasto pouco mais de R$ 300 milhões em toda a campanha. O avanço das investigações do Ministério Público Federal pode concluir que os gastos podem ter ultrapassado a casa dos R$ 700 milhões.



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