A lista já vinha sendo preparada em segredo na gestão do PT e será encampada pelo novo governo, podendo ser até ampliada. Também fazem parte da relação a venda de participações da União na BNDESPar (sociedade de ações, braço do BNDES) e em companhias como Centrais de Abastecimento de Minas Gerais (Ceasaminas), Companhia de Armazéns e Silos do Estado de Minas Gerais (Casemg), Novacap e Terracap (companhia de urbanização e agência de desenvolvimento do Distrito Federal), entre outras.
No caso dos Correios, será necessária a aprovação do Congresso. O primeiro passo é reestruturar o plano de negócios da empresa, que teve prejuízo de R$ 2,1 bilhões em 2015. Uma das ideias é dividir as áreas em unidades, como logística e encomendas, por exemplo, que poderão ser transferidas integralmente ao setor privado.
Os Correios ainda detêm o monopólio das cartas, prerrogativa que não faz sentido em um mundo cada vez mais digital. Desde 2011, a empresa vem sendo preparada para a abertura de capital, disse um ex-dirigente, citando a mudança no estatuto, com obrigatoriedade de seguir a Lei das S.A., publicar balanços e realizar assembleias de acionistas.
— A situação financeira dos Correios está muito complicada, mas a empresa tem bons ativos e poderá vir a ser valiosa. Primeiro, vamos ter que reestruturar o modelo de negócios — disse um técnico da equipe econômica.
Conforme essa fonte, com a mudança no governo já é possível perceber uma melhora no mercado, o que abre novamente as perspectivas para a oferta pública de ações da Caixa Seguros e da venda da participação da União no IRB.
Só a BNDESPar (100% estatal) tem ações em 116 empresas de vários setores, avaliadas em R$ 44,5 bilhões. A ideia é que a União se desfaça, em uma segunda etapa, de participações em empresas de setores que não são estratégicos.
Além da venda de ativos, Temer criou uma secretaria, ocupada por Moreira Franco, que vai desenvolver o Programa de Parcerias de Investimentos (PPI), com foco nas concessões, privatizações e Parcerias Público-Privadas (PPPs) no setor de infraestrutura. O programa terá um conselho, presidido pelo próprio presidente, que vai fiscalizar, comandar e “animar” todas as ações com os empresários.
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