A punição ocorreu após ele reprovar no exame Camilla Ditz da Cunha, a filha do então vice-líder do PMDB na Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Segundo informações do jornal O Globo, Coimbra descobriu apenas dois dias depois da prova que o peemedebista havia enviado carta ao Detran acusando o examinador de tentar extorqui-la.
A justificativa de Coimbra para a reprovação é que Camilla entrou na vaga sem dar a seta, o que lhe rendeu três pontos negativos e depois saiu sem soltar o freio de mão, o que acarretou na retirada de mais dois pontos.
O deputado, contudo, enviou ao então presidente do Detran, Sebastião Faria, uma outra versão, segundo a qual, Camilla foi abordada antes do exame por um funcionário do Detran que teria exigido R$ 400 para aprová-la. A filha do parlamentar teria percebido neste momento que outros alunos da auto-escola haviam pago.
Em um mês, a sindicância contra Coimbra foi instaurada e ele foi punido por insubordinação, e não extorsão, como aparecia na denúncia de Cunha. À época, um e-mail enviado pelo governador do Rio, Sérgio Cabral, à presidência do Detran elogia a família Coimbra, que, segundo ele é “sinônimo de honestidade e caráter”.
O e-mail ainda traz uma crítica a Eduardo Cunha. “Esse senhor que acusa um membro da família (de Zico) é sinônimo do que há de pior na vida pública brasileira”. Em seguida, garante aos Antunes: “No meu governo, bandido não tira onda de mocinho”. Mas Cunha conseguiu o que queria.
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