Pedido ainda vale para Mônica Moura e empresário Ronan Maria Pinto.
Todos os quatros foram presos pela Operação Lava Jato.
A Polícia Federal (PF) pediu à Justiça Federal do Paraná a transferência de quatro presos da Operação Lava Jato, que estão detidos na carceragem da PF, em Curitiba, para o Complexo Médico-Penal, na Região Metropolitana. São eles: o publicitário do PT João Santana e a mulher Mônica Moura, o ex-senador Gim Argello e o empresário de Santo André (SP) Ronan Maria Pinto.
Cabe ao juiz Sérgio Moro, responsável pelas ações penais da Lava Jato na primeira instância, autorizar a transferência. O pedido da PF foi protocolado no processo eletrônico da Justiça Federal nesta segunda-feira (2).
No pedido, o delegado Igor Romário de Paula explica que a carceragem da PF é destinada apenas a presos provisórios ou para os detentos em eventual risco. Além disso, conforme o delegado, a limitação do espaço dificulta a movimentação dos presos em flagrante e de operações policiais.
Réus
Ronan Maria Pinto em Santo André, dono do jornal "Diário do Grande ABC", preso na 27ª etapa da Lava Jato, em abril, não é réu, assim como o ex-senador Gin Argello. Ainda não há denúncia do Ministério Público Federal (MPF) contra eles. Gin Argello foi preso na 28ª fase da operação, também em abril deste ano.
Suspeitas
O nome de Gim Argello apareceu nas delações do senador Delcídio do Amaral (sem partido-MS) e do dono da UTC, Ricardo Pessoa. O MPF diz que há evidências de que o ex-senador pediu R$ 5 milhões em propina para a empreiteira UTC Engenharia e R$ 350 mil para a OAS. As duas empresas são investigadas na Lava Jato.
Os recursos foram enviados a partidos indicados por Gim – DEM, PR, PMN e PRTB – na forma de doações de campanha. O procurador Carlos Lima afirmou que o esquema de travestir propinas em forma de doações aparentemente legais "já existe e há muito tempo".
Os investigadores dizem ainda que não há indícios de que os partidos beneficiados sabiam das negociações e da origem ilícita dos recursos. As siglas, juntamente com o PTB, formaram em 2014 a coligação "União e Força", pela qual Gim Argello era candidato a novo mandato de senador pelo DF.
Já Ronan Maria Pinto é investigados pela Lava Jato por participação no esquema de corrupção através de um empréstimo fraudulento de R$ 12 milhões obtido por José Carlos Bumlai no banco Schahin, em 2004.
De acordo com a força-tarefa da Lava Jato, um dos beneficiários finais destes recursos foi Ronan Maria Pinto, que recebeu R$ 6 milhões. A razão do pagamento ainda não foi apurada.
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