João Paulo Rodrigues Chaves, da coordenação nacional do MST, afirmou que o governo interino está retirando direitos dos trabalhadores e transformando o Brasil em "quintal dos Estados Unidos". "É um governo que não tem compromisso com as urnas, não pretende se reeleger, então vão usar a máxima de Maquiavel e fazer todas as maldades de uma vez só", afirmou.
O acampamento Dom Tomás Balduíno, que reúne cerca de 3.000 famílias, foi palco de um confronto entre policiais militares e integrantes do movimento que deixou dois sem-terra mortos no dia 7 de abril. O clima ainda é de tensão na cidade, que teve o policiamento reforçado. Roberto Baggio, coordenador estadual do movimento, falou em "manter a batalha contra os golpistas para que o país entregue o poder ao povo".
Ausência
Uma caravana de deputados que seria liderada pela senadora Gleisi Hoffmann (PT) deveria ter ido ao ato mas, segundo os organizadores, um atraso no vôo impediu a presença dos parlamentares.Ao final do evento, foi servido um churrasco. Segundo o MST, parte da comida servida foi doada por comerciantes da cidade.
O acampamento está localizado dentro de uma área da empresa Araupel, que trabalha com reflorestamento e beneficiamento de madeira. A empresa, que emprega mil trabalhadores na cidade, sofreu várias invasões ao longo dos últimos anos e já cedeu dois terços de sua área para a reforma agrária.
Em abril, durante o velório de um dos sem-terra mortos no confronto, membros do movimento afirmaram que vingariam a morte com novas invasões nas terras da Araupel.
Neste domingo, o movimento voltou a afirmar que pretende avançar nas ocupações até a empresa deixar a cidade.
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