Dilma teme não conseguir manter o desempenho de 22 votos favoráveis a ela na primeira votação do processo na Casa e, do Palácio da Alvorada, tem telefonado para alguns senadores na tentativa de mantê-los no seu grupo de apoio. Aliados e parlamentares do PT, por sua vez, estão pessimistas quanto à manutenção do placar.
Pessoas próximas à petista afirmam que Reguffe e Cristovam criaram uma expectativa de que votariam a favor de Dilma mas, nas últimas horas, demonstraram que não ficarão ao lado dela. Segundo relatos, a presidente afastada tem dito que prefere estar com pessoas com quem sempre pode contar.
Dirigentes e parlamentares do PT, por exemplo, não acreditavam que Cristovam Buarque votaria a favor de Dilma, mesmo quando ele ainda se autonomeava "indeciso" e chegou a fazer sugestões, principalmente econômicas, para a carta que Dilma prepara para apresentar aos 81 senadores nesta quarta-feira (10).
A presidente afastada, inclusive, cogitou marcar um almoço com senadores aliados para quarta e rediscutir a carta, retirando sugestões de Cristovam. O movimento, porém, irritou senadores do PT, que avaliam que Dilma "perdeu o timing" de divulgar o documento.
A carta, que deve contar com o aval de Lula nesta terça, deve ter como bandeira central a defesa de um plebiscito para a realização de novas eleições. O presidente do PT, Rui Falcão, porém, afirmou na semana passada ser contra a consulta popular e não deve se encontrar com Dilma e Lula no Alvorada.
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