"Eu estou profundamente preocupado com os correntes esforços para remover a democraticamente eleita presidente do Brasil, Dilma Rousseff. Para muitos brasileiros e observadores, o controverso processo de impeachment mais se assemelha a um coup d’état [golpe de estado]", alegou Sanders em nota divulgada em seu website.
"Depois de suspender a primeira mulher presidente do Brasil por motivos duvidosos, sem um mandato para governar, o novo governo interino aboliu o ministério das mulheres, igualdade racial e de direitos humanos. Eles imediatamente substituíram uma diversa e representativa administração por um ministério composto unicamente por homens brancos. A nova, não eleita administração rapidamente anunciou planos para impor austeridade, aumento das privatizações e para instalar uma agenda social de direita", denunciou Bernie Sanders.
"O esforço para tirar a presidente Rousseff não é julgamento jurídico, mas político. Os Estados Unidos não podem permanecer em silêncio enquanto instituições democráticas de um de nossos mais importantes aliados são minadas. Nós temos que nos levantar pelas famílias trabalhadoras do Brasil e exigir que essa disputa seja resolvida com eleições democráticas", conclui a nota a nota do senador.
Bernie Sanders foi pré-candidato à presidência dos Estados Unidos pelo partido Democrata, concorrendo com a ex-secretária de Estado Hillary Clinton, que venceu a nomeação. Recentemente, o Wikileaks publicou cerca de 20 mil páginas de e-mails do comitê democrata, que indicam um esforço das lideranças do partido para minar a pré-candidatura de Sanders em favor da indicação de Hillary.
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