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Das 27 federações de agricultura vinculadas à CNA, a única que se mostrou contra o impedimento da presidente Dilma foi a federação de Tocantins, Estado de influência política de Kátia Abreu

Presidente da Confederação da Agricultura e 
Pecuária do Brasil (CNA), João Martins
SÃO PAULO (Reuters) - A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) anunciou nesta quarta-feira que decidiu apoiar o movimento a favor do impeachment da presidente Dilma Rousseff, após ouvir as bases formadas por produtores rurais de todo o país.

"O governo da presidente Dilma Rousseff dá seguidas mostras de não reconhecer nem compreender a verdadeira natureza dos problemas que afligem o país. Diante de tudo isto fica cada vez mais claro que a presidente da República não tem mais a autoridade política para liderar o processo de reformas nem a capacidade de voltar a unir os brasileiros", afirmou a CNA em nota.

O presidente da CNA, João Martins afirmou em entrevista coletiva concedida hoje que a decisão tem apoio de ampla maioria. “Diante das pressões de produtores, suas associações e seus sindicatos rurais, que aumentaram bastante nos últimos dias, a CNA convocou suas federações e quase por unanimidade decidimos apoiar o afastamento da presidente Dilma, porque ela não está se mostrando capaz de tocar um projeto de recuperação da economia brasileira”, disse.

Das 27 federações de agricultura vinculadas à CNA, a única que se mostrou contra o impedimento da presidente Dilma foi a federação de Tocantins, Estado de influência política de Kátia Abreu, por onde ela foi reeleita senadora em 2014. A atual ministra da agricultura, que presidiu a CNA antes de assumir a pasta, decidiu se manter no cargo apesar da decisão do seu partido, o PMDB, de desembarcar do governo federal.

Para a CNA, a ex-presidente da confederação hoje representa os interesses do governo, enquanto a instituição está representando os anseios dos agricultores e pecuaristas. Apesar das divergências com a ministra, o presidente da CNA, João Martins, afirmou nesta quarta-feira a jornalistas que a confederação continuará mantendo um relacionamento institucional com o ministério, realizando reivindicações que acredita que poderão beneficiar o setor produtivo.



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