CUT ameça o país com "Greve Geral" contra o impeachment

CUT DIZ QUE "AMPLIARÁ MOBILIZAÇÕES PARA DAR FIM AO GOLPE"

Não faltaram discursos raivosos e ameças no ato organizado neste domingo no Vale do Anhangabaú/SP para acompanhar a votação do impeachment na Câmara Federal.

O presidente da CUT/SP afirmou que “A votação significa um duro golpe na democracia, mas vamos às ruas. O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), está atolado até o último fio de cabelo com corrupção, ao contrário de Dilma, sobre a qual não pesa nenhum crime de responsabilidade e nenhuma denúncia de corrupção”.

Além dele, discursaram vários sindicalistas e apoiadores do governo petista no encerramento do ato, já sabendo da derrota da presidente Dilma.

Representante da coordenação do MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem Teto), Josué Rocha, afirmou que a luta será ainda mais intensa para levar à cadeia o deputado federal Eduardo Cunha, acusado de ter contas não declaradas no exterior. Também sobrou para o vice-presidente Michel Temer, chamado de "conspirador principal da República".

Os inimigos tradicionais, eleitos pelo PT sempre que se sente ameaçado, também não foram esquecidos. O presidente do PT, Rui Falcão afirmou que “Os donos da mídia monopolizada, os traidores dos partidos que se dizem de centro, o conspirador Temer e o corrupto Cunha ganharam a batalha, mas não a guerra conta o povo. Agora é luta e mais luta para pressionar o Senado.”

No seu pronunciamento, o presidente do PCdoB de São Paulo, Jamil Murad atacou os bancos: “Essa armação tem por trás Fenaban (Federação Nacional dos Bancos), Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), Rede Globo que para isso usam a máscara do combate à corrupção. Mas vamos vencer com nossa unidade que hoje já fez com que fossemos maiores no país todo.”

Por fim, representante do PCO, Antônio Carlos bradou a ameça final: “Vimos hoje que não dá mais para acreditar na lei do voto do PMDB. O caminho é a luta nas ruas e organizar a greve geral. Vai ser na marra, não com a generosidade do Congresso.”